Yu Yu Hakusho: As Aventuras do Detetive do Mundo Espiritual

Yu Yu Hakusho foi exibido originalmente no Brasil pela saudosa Rede Manchete e tentou manter aceso o interesse nas produções japonesas depois das exibições do mundialmente bem sucedido Cavaleiros do Zodíaco e do excelente porém de sucesso mediano, Shurato e conseguiu isso com maestria.

O anime mistura de tudo um pouco, ação, romance, drama, comédia, todos os gêneros em um dos melhores animes já feitos.

Menção honrosa para a fantástica dublagem feita pela estúdio Audio News do Rio de Janeiro, que conseguiu incorporar aquele jeitinho brasileiro nos personagens, quem assistiu deve se lembrar de frases como “Ah, Eu Sou Toguro! Ah, Eu Sou Toguro” entoada durante o torneio das trevas no melhor estilo estádio de futebol e o jeito irônico de Koenma com seu subordinado com o famoso “Oh Diabo!”, dentre tantas outra pérolas.

Lembrando também as músicas de abertura e encerramento que ganharam um trabalho todo especial com letras feitas especialmente para a versão nacional, esses temas viraram cult e até hoje tocam em eventos de animação japonesa.

Na história Yusuke Urameshi é um estudante problemático que falta as aulas e sempre está metido em confusão, a única que consegue “controlar” um pouco esse gênio forte é Keiko, uma estudante da mesma sala de Urameshi, que assim como o garoto possui um temperamento forte mas que consegue se impor nem que seja um pouco e guarda uma quedinha pelo garoto rebelde.

Apesar de tudo, Yusuke é uma boa pessoa e ao presenciar um acidente na volta para casa, salva um garotinho de ser atropelado e acaba morrendo.

Yusuke então é levado ao mundo espiritual por Botan, uma espécie de guia dos espíritos para o mundo celeste, lá ele fica sabendo por Koenma, o filho do Rei Enma que comanda o mundo espiritual, que devido a seu ato de bondade, o que não era previsto, Urameshi poderá voltar a Terra, mas com uma condição, deverá se tornar o detetive espiritual, investigando casos que envolvam youkais (demônios) que conseguiram escapar para a Terra e estejam causando algum tipo de confusão.

Durante a jornada se une ao herói Kazuma Kuwabara, outro valentão que acaba se tornando o melhor amigo de Yusuke, Kurama, um youkai que se apossou de um corpo humano e sente afeição pelos seres humanos e Hiei, um youkai rebelde que é obrigado a ajudar Yusuke como pena pelos crimes no passado.

O anime se divide em quatro grandes fases, a primeira “Detetive Espiritual” acompanha os primeiros casos do detetive, a chegada dos novos aliados e seu treinamento com a Mestra Genkai, onde aperfeiçoa seu icônico golpe “Leigan”, na segunda fase as coisas começam a esquentar com o “Torneio das Trevas”, onde os quatro irão participar de difíceis batalhas depois que Yusuke aceita o convite do terrível vilão Toguro.

Atenção, SPOILER no próximo parágrafo.

Na terceira temporada, “Portão do Inferno: A Saga do Capítulo Negro”, Yusuke é encarregado de derrotar Sensui, um ex-detetive espiritual que deseja abrir um portal entre o mundo humano e o mundo dos monstros e na última e quarta fase, “Makai: Saga dos Três Reis”, Urameshi vai até o Makai, mundo dos monstros e organiza um torneio para encontrar o próximo Rei Supremo do Makai, depois que seu pai, um dos três reis do Makai morre.

Para os que ficaram um pouco perdidos, a trama divide o mundo em quatro reinos, o reino humano (Ningenkai), o reino celeste (Reikai) comandado pelo rei Enma Dayou e seu filho Koenma, o mundo dos monstros (Makai) comandado por três diferentes reis e o Meikai, mundo para onde são mandado os demônios que são julgados e condenados.

O anime possui ainda dois OVAs (animação diretamente lançada em vídeo) e dois filmes que mostram novos casos enfrentados pelo Detetive Espiritual.

Em resumo um anime excelente, cativante, divertido e com uma história fantástica em seus 112 episódios.

Vale lembrar que o mangá foi lançado completo pela JBC que contabilizou 38 edições e talvez tenha um relançamento, uma chance de conferir a história ou reler.

O DVD de toda a série foi disponibilizado pela Playarte e pode ser encontrado por aí em lojas onlines.

Afinal, “Não conheci o outro mundo por querer!”

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